Project Description
Redução das Mamas
TERMO TÉCNICO: MAMOPLASTIA REDUTORA


Definição: É o tratamento padrão para gigantomastia (mamas muito grandes) que geralmente está associada a dores crônicas nas costas e pescoço, sendo indicada também para melhorar o aspecto estético das mamas e para o tratamento profilático de certas doenças mamárias.
Tipo de anestesia
Geralmente anestesia peridural com sedação ou anestesia geral. Vale lembrar que a decisão do melhor tipo de anestesia fica a cargo do médico anestesista, que decidirá após conversa com o cirurgião e o próprio paciente.

Tempo de duração
Dependerá do tipo de mama a ser operada. A média é de 3 horas.
Período de internação
Em geral, 24 horas.
Evolução pós-operatória
Em geral é uma operação pouco dolorosa, que pode, em alguns casos, ser necessário o uso de drenos. O sutiã cirúrgico é obrigatório e ininterrupto pelo período mínimo de 30 dias. Durante as primeiras duas semanas a paciente deve obedecer a um rigoroso repouso dos braços. Não os levantar, movimentá-los o mínimo possível e não dirigir. Com cerca de 15 dias praticamente todos os pontos são retirados, os braços começam a ficar mais soltos e com um pouco mais de liberdade, porém sem fazer movimentos amplos. Após 3 semanas a paciente pode dirigir por pequenas distâncias e com 30 dias todos os movimentos do braço serão permitidos. No entanto, a paciente deve evitar fazer alongamentos que forcem a cicatriz e movimentos bruscos, sendo liberada a atividade física de acordo com a técnica adotada para cada caso.
Caso ocorra uma gravidez, o resultado da mamoplastia pode ser preservado pelo controle de peso durante a gestação. Quanto à capacidade de lactação a função poderá ficar prejudicada, porém, em casos de média e pequena redução, geralmente é preservada.
Cicatrizes
As cicatrizes variam de acordo com grau de redução das mamas e podem ter o formato de “T”, de “L”, de “I”, ou ainda ser periareolar (em torno da aréola). Quanto maior a mama, maior será a cicatriz resultante da cirurgia. É preciso entender que a paciente vai trocar uma mama grande e caída por uma com um contorno estético, porém à custa de cicatrizes.
A cicatrização transcorrerá por três períodos distintos, a saber:
* Até o 30º dia, o corte apresenta bom aspecto, podendo ocorrer discreta reação aos pontos ou aos curativos.
* Do 30º dia ao 12º mês haverá um espessamento natural da cicatriz e uma mudança na sua coloração, passando do vermelho ao marrom para, em seguida, começar a clarear. Por ser o período menos favorável da evolução cicatricial, é também o que mais preocupa às pacientes. Todavia, ele é temporário, e varia de pessoa para pessoa.
* Do 12º ao 18º mês, a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos espessa até atingir seu aspecto definitivo.
QUALQUER AVALIAÇÃO DO RESULTADO DEFINITIVO DE UMA CIRURGIA DE MAMAS SÓ PODERÁ SER FEITA APÓS O PERÍODO DE 18 MESES.
Tamanho, consistência e forma
Com a cirurgia, não só as mamas têm seu volume reduzido, como podem ser melhoradas a sua consistência e forma, tudo obedecendo à norma de harmonia em relação ao físico da paciente. Portanto, de igual maneira como ocorreu com o processo de cicatrização, também as “novas mamas” vão passar por períodos evolutivos, quais sejam:
* Até o 30º dia sua forma ainda está aquém do desejado, apesar de já apresentar um melhor aspecto; é comum a ocorrência de edema (inchaço) e das aréolas estarem posicionadas um pouco abaixo do desejado;
* Do 30º dia ao 8º mês continua a evolução para a forma definitiva, não sendo raros os casos de insensibilidade ou de hipersensibilidade do mamilo. Pode ainda ocorrer edema (inchaço) e começa o processo de báscula da mama (leve queda da mama e elevação da aréola);
* Do 8º ao 18º mês é o período no qual a mama vai atingir seu aspecto definitivo, no que diz respeito à cicatriz, forma, consistência, volume e sensibilidade. O resultado dependerá do grau de elasticidade da pele e o volume final obtido, já que o equilíbrio entre ambos é variável de caso a caso.
Complicações possíveis
É preciso entender que cada organismo reage de uma determinada maneira à cirurgia. Como exemplo, citamos a reação individualizada a determinados medicamentos, o que nos leva a preferir “esse ou aquele remédio”. Nesse sentido, independentemente do trabalho médico ter sido feito com o maior zelo, perícia e cautela, o resultado final também dependerá da reação do organismo à cirurgia e dos cuidados pós-operatórios, podendo em alguns casos ocorrer resultados desfavoráveis. Entre eles que, felizmente, são raros, o (a) paciente pode apresentar:
* Infecção;
* Necrose de pele e da aréola, por deficiência circulatória (sendo o tabagismo sua maior causa);
* Abertura dos pontos realizados;
* Trombose venosa – coagulação do sangue dentro das veias, ocorrendo frequentemente nas pernas, cujos sintomas são inchaço e dor. A embolia ocorre quando esses trombos se deslocam e migram para o pulmão, o que pode acontecer até 30 dias após a cirurgia;
* Complicações anestésicas – conforme o tipo de anestesia realizada – podendo acontecer alergia a medicamentos (choque anafilático), Vômitos repetitivos; hipertermia maligna, cefaleia (dor de cabeça) pós-peridural, etc;
* Complicações estéticas: cada pessoa tem um tipo de cicatrização. São exemplos de complicações estéticas o aparecimento de quelóides, hipercromia de cicatrizes (escurecimento), assimetria mamária, etc;
* Hematoma;
* Alteração de sensibilidade da área operada;
* Entre outras.
Recomendações pré-operatórias
* Compareça ao local da cirurgia (hospital, clínica), no horário previsto e marcado na sua guia de internação;
* Apresentar-se para a internação acompanhado (a) de alguém;
* Comunicar qualquer anormalidade apresentada ou uso de medicações antes da internação (ex: doenças, uso de medicações como AAS e anti-inflamatórios que devem ser suspensos 7 dias antes da cirurgia, bem como chá de alho ou GinkoBiloba,etc.);
* Tomar banho de corpo inteiro na véspera da cirurgia;
* Não usar esmalte de cor escura;
* Jejum mínimo de 8h antes da cirurgia (inclusive de água), evitando bebidas alcoólicas ou refeições fartas na véspera da cirurgia;
* Não levar objetos de valor, pois a perda é de responsabilidade do paciente;
* Levar sutiã modelador.
Sutiã modelador para redução de mamas.
Recomendações pós-operatórias
* Evitar esforço físico
* Não movimentar os braços em excesso. Obedecer às instruções que serão dadas por ocasião da alta hospitalar, relativas à movimentação dos membros superiores;
* Evitar molhar o curativo até que receba autorização para tanto, normalmente após o segundo dia de pós-operatório;
* Uso de sutiã modelador por um período de 30 dias;
* Não se expor ao sol ou friagem por um período de 30 dias;
* Obedecer rigorosamente à prescrição médica;
* Voltar ao consultório para a troca de curativos e controle pós-operatório nos dias e horários marcados;
* Alimentação normal (salvo em casos especiais, que receberão orientação específica);
* Devido ao fato de estar sentindo-se muito bem, a paciente às vezes pode esquecer-se de que foi operada recentemente, permitindo-se esforços prematuros que poderão lhe trazer prejuízos;
* Consultar essas instruções tantas vezes quantas forem necessárias;
* Consultar o Dr. Diogo sobre quando poderá voltar às atividades normais. O retorno às atividades físicas habituais, como academia, pode ocorrer após 30 dias de pós-operatório, a depender da técnica e da evolução sem intercorrências;
* O resultado esperado também depende de você.
Lembretes importantes
* Toda cirurgia envolve riscos e toda intervenção com finalidades estéticas quanto reparadoras pode necessitar de retoques;
* Essas recomendações são gerais e dizem respeito à evolução habitual de pós-operatório, podendo ocorrer complicações não contidas neste informativo com as respectivas orientações que se fizerem necessárias.
